A virada de Jurerê: um dos principais destinos de Alta Renda no Brasil abraça o 'quiet luxury'.

08 de maio de 2025
A Praia de Jurerê, no norte da ilha onde fica Florianópolis, vive uma onda de mudanças como há muito tempo não se via. Por ali fica Jurerê In (antes chamado de Internacional), um bairro planejado pela  incorporadora gaúcha Habitasul numa área de 500 hectares. Desde a entrega das primeiras casas, em 1980, o local virou um dos principais destinos de lazer de famílias de altíssimo padrão no Brasil.
 
Em boa medida o apelo vem da ótima estrutura do bairro. Num país incapaz de construir redes de esgoto para sua população, os moradores de Jurerê contam com um sistema de saneamento tratado pela própria  Habitasul. Todas as ruas do bairro têm asfalto e é raro ver o emaranhado de fios que enfeiam postes Brasil afora. A violência urbana é praticamente inexistente, graças a um circuito de mais de 100 câmeras de segurança instaladas em ruas e pontos de encontro.
 
Não à toa o bairro é tão valorizado. O valor do metro quadrado das residências com vista para o mar costuma superar os 20.000 reais em Jurerê. Nas últimas duas décadas, o local ganhou projeção nacional por sediar alguns dos beach clubs mais seletos do país. Esses bares à beira-mar ganharam manchetes com extravagâncias como um serviço de banho de champanhe ou combos de bebidas refinadas cujo preço não raro chega às dezenas de milhares de reais.
 
Agora, a fórmula de sucesso de Jurerê está passando por uma das transições mais relevantes em 45 anos. O verão passado foi o primeiro após o alargamento da faixa de areia. O avanço do mar sobre zonas de restinga havia restringido a menos de 10 metros a área para banhistas em alguns pontos. Agora, os 3,3 quilômetros de praia têm em média 40 metros de largura. É o suficiente para instalar guarda-sóis, barracas e toda sorte de apetrechos para curtir o sol com segurança.
 
Metros para dentro da orla também apresentam novidades. Tido como o primeiro shopping center a céu aberto do sul do Brasil desde a sua abertura, em 1995, o Jurerê Open Shopping ganhou uma praça de alimentação justamente numa das saídas da praia, a poucos metros do Il Campanario, resort de luxo administrado pela Habitasul. O espaço atraiu marcas com apelo ao estilo de vida saudável, como a rede de açaí Oakberry e a de cafeterias Café Cultura. A praça tem ainda um anfiteatro onde volta e meia tocam alguns dos principais artistas com passagem por Florianópolis.
 
Nos próximos meses, o local deve ganhar um prédio de até 15 andares com espaços comerciais. A ideia é trazer startups interessadas em atrair talentos com a proximidade do mar. Até 2028, o valor geral de vendas (VGV) dos empreendimentos previstos para o bairro devem somar 5,5 bilhões de reais. “Estamos numa  fase de mudanças em Jurerê”, diz José Mateus, diretor de negócios da Habitasul desde 2019.
 
 
 

Alargamento da faixa de areia na Praia dos Ingleses

12 de dezembro de 2022

Ficou para o início de 2023 o início das obras de alargamento da Praia dos Ingleses, no norte da ilha, em Florianópolis. A prefeitura da capital informou nesta semana que a draga contratada para executar o serviço sofreu avarias e sera substituída sobra outra estrutura.

Por causa do deslocamento da nova embarcação, foi descartada a previsão inicial de começar os trabalhos ainda em 2022 e finalizar na primeira quinzena de janeiro. A expectativa é concluir até o final de fevereiro ao custo previsto de R$ 18,8 milhões.

A data exata de início não foi informada, mas está definido que o engordamento da faixa de areia começará pelo Canto Sul, próximo às dunas.

O objetivo do alargamento é garantir condições de uso e consequentemente elevar o potencial turístico da região, seguindo exemplos de outras praias estendidas, como Canasveiras, também no norte da capital, e a Central, em Balneário Camboriú.

O trabalho não vai fechar a praia, já que, segundo a prefeitura, a execução será feita em etapas de 100 metros que são liberadas em até 48 horas.

Ingleses

O alargamento vai contemplar o trecho de 2,87 km e será entre a localidade Canto Sul e até 500 metros antes da Foz do Rio Capivari.

No início do trecho, imóveis foram interditados após serem engolidos pelas dunas. No trecho, há pontos que não espaço entre as montanhas de areia e o início do mar.

Em outros trechos por onde a obra passará o espaço para os banhistas tem cerca de 20 metros. A expectativa é que com a obra a distância fique de 45 metros ao final das obras, e de 35 metros após a conformação feita pela maré.

Ao todo, a área a ser trabalhada vai receber um volume de 462 mil metros quadrados de areia a ser retirada de jazida submarina que fica a mil metros de distância da orla, e que tem a mesma coloração da que está no balneário.

O novo engordamento da praia foi autorizado pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), através das concessões da Licença Ambiental Prévia (LAP) e da Licença Ambiental de Instalação (LAI).